Apesar da mobilização precoce fazer parte do programa inovador de abordagem multidisciplinar a doentes cirúrgicos (ERAS, Enhanced Recovery After Surgery)⁶ e da reabilitação abdominal estar incluída nas diretrizes clínicas de ostomia⁷, os doentes são frequentemente aconselhados a terem cautela, a descansarem e a não se levantarem após a cirurgia, tornando-se assim menos ativos. Vivem com receio de desenvolver uma hérnia parastomal ou de causar alguma lesão a si próprios.

A Convatec está aqui para ajudar. Em parceria com profissionais de saúde, criamos cuidadosamente os recursos Rethinking Recovery que visam repensar a reabilitação e melhorar os resultados da recuperação pós-cirúrgica da pessoa com ostomia.

A importância da reabilitação

A falta de uma reabilitação estruturada após a cirurgia de ostomia é uma crise silenciosa com consequências graves a longo prazo para os pacientes. Por isso, desenvolvemos o Rethinking Recovery e a série de me+ ™ Recovery, para ajudar os pacientes a recuperarem com a ajuda de uma equipa multidisciplinar.

Como corredora de maratonas e ultramaratonas, Sarah Russell estava habituada a enfrentar desafios. Mas, em 2010, viu-se numa cama de hospital sem um caminho claro pela frente. Russell, especialista em exercícios clínicos, tinha acabado de fazer uma cirurgia de ostomia de urgência e estava ansiosa por começar a planear a sua recuperação.

Lembro-me nítidamente de perguntar às enfermeiras que exercícios devia fazer e de ter rostos em branco a olhar para mim", conta. Com experiência profissional em reabilitação cardíaca, onde os programas de recuperação estão bem estabelecidos, revela: "Comecei imediatamente a perguntar a amigos, fisioterapeutas, cirurgiões, e ninguém me conseguia dar uma resposta, então tive de descobrir sozinha."

Decidiu então unir forças com a Convatec e ajudar a conduzir novas pesquisas. Em 2017, publicou os resultados de um inquérito realizado a mais de 2500 pessoas com ostomia no Reino Unido 1 e os resultados foram gritantes. Metade das pessoas tinha passado a fazer menos exercício do que fazia antes da cirurgia, muitas vezes por medo de causar algum mal a si próprios. Quase todas as pessoas que tinham participado no inquérito (90%) não cumpriam as diretrizes do Reino Unido para a actividade física e muitos tinham sido aconselhados a não fazer qualquer tipo de exercício.

"Isto simplesmente colocou lenha na minha fogueira", diz Russell. "Sou apaixonada por pessoas que vivem uma vida o mais saudável possível. Quando começam a ficar inativas só porque têm uma ostomia, temos um grande problema entre mãos."

Minimização do risco de hérnia parastomal

Controlar a pressão intra-abdominal é fundamental para minimizar o risco de hérnia parastomal. Aprender a respirar corretamente, conectar e ativar o diafragma, o pavimento pélvico e os músculos abdominais transversais o mais cedo possível na recuperação cirúrgica é fundamental para uma reabilitação segura e capacitadora.

O que é o Rethinking Recovery?

Trata-se de um programa de treino e implementação especializado para Profissionais de saúde, credenciado e focado em estabelecer a reabilitação abdominal e o movimento como o padrão de cuidados para pessoas que vivem com uma ostomia.

O programa está focado em ajudá-lo na reabilitação do paciente, incluindo o programa me+ Recovery, oferecendo, para isso, sessões de treino.

O programa foi complementado com as melhores práticas clínicas, trabalho prévio ao treino, implementação, apoio e recursos.

Destina-se a todos os profissionais de saúde que trabalham com/cuidam de pessoas que vivem com uma ostomia.

O que é me+ ™ Recovery?

Trata-se de um programa de reabilitação com três fases, acessível para as pessoas que se preparam para realizar uma cirurgia de ostomia ou para aquelas que já vivem como uma ostomia.

O programa combina orientação prática sobre movimentos de proteção e exercícios progressivos no sentido de apoiar a reabilitação do paciente e ajudar a viver da melhor forma possível as pessoas que têm uma ostomia.

Destina-se a pessoas de todas as idades, com diferentes tipos de ostomia, em diferentes fases da sua jornada, incluindo pacientes com hérnias parastomais.

Referências

1. Russell, S. Br J Enfermeiros. 9 de março de 2017; 26(5):S20–S26.

2. Plano de ação mundial sobre atividade física 2018-2030: pessoas mais ativas para um mundo mais saudável. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2018. Licença: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

3. Husain SG, Cataldo TE. Clin Colon Rectal Surg. 2008 fev; 21(1):31–40.

4. Norte J. Br J Nurs. Março de 2014; 23(5):S14-8.

5. Schutte G, et al. Int J Colorectal Dis. 2023; 38(1): 29.

6. Tazreean, R. Nelson, G. Twomey, R. Mobilização precoce na recuperação melhorada após as vias cirúrgicas: evidências atuais e avanços recentes. J Comp Eff Res. 2022 fev; 11(2):121-12

7. A Association of Stoma Care Nurses UK [ASCN] Stoma Care National Clincal Guidelines 2016 https://ascnuk.com/_userfiles/pages/files/national_guidelines.pdf